domingo, 31 de julho de 2011

Serra Catarinense: Urubici, Bom Jardim da Serra e Serra do Rio do Rastro (parte II)

Parte II: Bom Jardim da Serra e Serra do Rio do Rastro

Deixamos Urubici sem experimentar os esportes radicais, como o rapel, canoagem, voo de asa-delta, parapente, porque o frio e o vento forte não eram muito encorajadores. Dali, seguimos para Bom Jardim da Serra, que juntamente com Urupema, compõe a Rota das Águas.

Em Urubici, além da Cascata Véu de Noiva, outra cachoeira bem visitada pelos turistas é a do Avencal (o nome deriva da vegetação: a avenca). São 100m de queda livre que molha quem se aproxima. Por isso, prepare o casaco e o tênis, já que há uma trilha entre pedras escorregadias para se alcançar este pedacinho da Serra Catarinense.

Urupema entra na Rota das Águas devido a própria cidade ser formada ao redor de um rio repleto de trutas. Mas, a maior atração é a cascata de 12 metros que congela no inverno, localizada no Morro das Torres. Entretanto, é preciso muita sorte para vê-la congelada.

Não fizemos toda a Rota das Águas, esta se estende para a longinquá Região Oeste Catarinense, entre os municípios de Abelardo Luz, Quilombo, Salto Veloso, Chapecó e Água Doce. Esta seria uma outra aventura para uma próxima viagem.

Decidimos tomar a Rota da Neve. A estrada de Urubici a Bom Jardim da Serra não uma das melhores. Muitos buracos, pouca sinalização e muitos loucos correndo deixam a viagem um pouco mais tensa a da BR-282. Existem alguns dois ou três bares até chegar na Cidade de Bom Jardim, então, se a fome bater ou a vontade de ir ao banheiro apertar, fique esperto com este trecho.

Parando em Bom Jardim da Serra, conhecida também como a Capital Catarinense das Águas com suas 35 cachoeiras. Uma das principais atrações fica por conta da Cachoeira Salto do Pelotas, bem em frente ao Portal de Bom Jardim da Serra, na Rodovia SC-438. Para chegar na cachoeira, é preciso descer uma escada de 156 degraus.



Este caminho que escolhemos tem dois pontos turísticos fantásticos: a Serra do Rio do Rastro e a novíssima Usina Eólica da IMPSA. Porém, assim como no Morro da Igreja em Urubici, não conseguimos ver muita coisa; as nuvens foram nossas eternas vilãs nesta viagem - como é comum nesta época do ano.

Para quem quer conhecer a Usina, desculpe desapontá-los, mas a entrada é proibida ao público. Apenas os trabalhadores e proprietários dos terrenos podem atravessar a porteira de acesso. Então, prepare uma boa lente com um ótimo zoom [e torça para que não haja nuvens e neblina] para conseguir tirar alguma foto interessante.

Após ver a maravilha da engenharia catarinense e a paisagem deslumbrante da Rio do Rastro, esquecemos completamente da decepção da Usina. Os morros verdes, escarpados e ingrimes fizeram meu pequeno irmão lembrar a Ficcional Pandora do filme Avatar. A cada curva, uma linda vista com uma discreta queda d'água em algum canto. Aos poucos íamos deixando a Serra Catarinense e entrando no Sul. O clima e ar começavam a mudar e assim sabíamos que era o fim da viagem.





O nosso maior erro foi 'descer' a Rio do Rastro próximo do horário de almoço num final de semana. Encrostados na estrada, há um hotel, um restaurante/lanchonete, nada dignos de parar. Muito precários por fora e por dentro. Então resolvemos almoçar na próxima cidade, Lauro Müller. Inventamos de piscar o olho e a cidade já havia passado! Nossa saída estava mais à frente, em Orleans.
A cidade nos impressionou. Ela é "grande". Restaurantes (há quilômetros não encontrávamos esta peça tão rara na Serra) muito aconchegantes e movimento no centro que tinha de tudo um pouco - de acordo com o tamanho da cidade. Até encontramos Banco do Brasil e Caixa Econômica por lá.



Este foi o fim da Rota da Neve. Dali seguimos para um ambiente totalmente contrário: o litoral catarinense. Posamos em Laguna, mas esta estória fica pra semana que vem.

Texto e fotos de Alessandra K. P. e Gabriel P. K.

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